sábado, 24 de novembro de 2007

Regresso à calma


Após a tempestade vem bonança. Foi uma semana alucinante, no Domingo o Dudu e o Max resolveram ir dar um passeio à revelia, não foi a primeira vez, mas ao fim de uma hora comecei a preocupar-me e após percorrer as redondezas sem os encontrar e de os chamar até à exaustão sem sucesso vim para casa.

Passado algum tempo vejo o Dudu vir a coxear horrivelmente, ao agarrar-lhe na pata verifiquei que havia uma fractura e arranquei imediatamente com ele para o Hospital Veterinário. Após a radiografia veio a verificar-se que era uma fractura múltipla e em torção o que obrigou a uma delicada cirurgia.

Quanto ao Max, nada nem sinal, percorremos toda a vizinhança e nada. Na 2ª feira após uma chamada indicando que um cão idêntico ao Max tinha sido avistado do lado da Fonte da Telha lá fomos à procura, mas sem sucesso. Continuamos as buscas ao frio e à chuva mas nada. Até que na Quarta-feira de manhã lá estava ele do lado de dentro do Pinhal do Inglês. Ainda chamei pelo guarda mas sem sucesso e tive de ir trabalhar, à tarde já estava cá fora à porta de casa.

Quem não ficou contente foi o Dudu que deve-se ter sentido abandonado peo irmão depois do acidente. Mas agora já fizeram as pazes e está tudo em harmonia, com a gripe que apanhei já em fase de rescaldo também. Vontade, tempo e condições para escrever é que não houve.

Fiquem Bem!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O anel


Depois de altos e baixos, estou de novo feliz, mas tenho de me lembrar sempre daquele conto Budista em que o velho Rei quando está preste a morrer chama o filho e dá-lhe um anel dizendo – Meu filho vais herdar o meu Reino mas toma atenção, este anel, usa-o sempre e quando estiveres nos teus maiores momentos de tragédia ou de glória retira-o e lê a inscrição que tem no interior.

O jovem príncipe tornou-se Rei, passados anos um conflito com o reino vizinho provoca uma guerra e no meio de uma batalha, tendo perdido a maioria dos seus amigos e vendo que a mesma estava praticamente perdida e com ela a guerra ele lembrou-se do anel, retirou-o e leu "Um dia também isto terá um fim". Num volte face o jovem Rei acaba por vencer a batalha e de vitoria em vitoria acaba por vencer a guerra, ao regressar em triunfo, aclamado pelo povo, ele voltou a lembrar-se do anel retirou-o e leu "Um dia também isto terá um fim".


Fiquem Bem!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Felicidade

Parque dos Poetas 03/11/2007

Hoje, tendo de novo perdido o barco por poucos minutos, decidi sentar-me à beira-rio enquanto esperava pelo próximo. O sol aquecia-me a pele, contrastando com a brisa fresca, pensei em colocar os auscultadores para ouvir música, mas as ondas do rio imploraram-me que não o fizesse. Concordei e fiquei a ouvi-las, abri a minha revista do Budismo e comecei a ler, mas ao longe outras ondas solicitaram a minha atenção, mais uma vez anuí. Fiquei ali simplesmente olhando para a paisagem e ouvindo o doce cantar das ondas.

Entretanto chegou o barco, coloquei os auscultadores, a música dos Tangerine Dream nunca me tinha parecido tão bela. Venho no barco a ouvi-la e sinto nuances que nunca senti, sinto uma cristalinidade nunca percebida, apesar das condições não serem as ideais.

Sinto-me feliz, só por aqueles minutos. Esta felicidade faz-me lembrar a flor do Lótus, bela e imaculada no meio do lodo. A minha vida não tem sido nada fácil, mas senti-me e ainda me sinto feliz, não é aquela felicidade do riso alarve, da conquista desta ou daquela meta. É simplesmente felicidade. Porquê?

Por nada! Sinto-me feliz por nada!


Fiquem Bem!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Pôr-do-Sol



O pôr-do-sol é sempre algo de fascinante, infelizmente agora não posso ir dar um pulinho à praia e contemplá-lo depois de sair do trabalho, resta-me pois os fins-de-semana. Estava a entrar no barco e vi como estava bonito o céu, com os tons rosa e azul típicos desta hora do dia, ocorreu-me olhar à volta e ver a reacção das outras pessoas, ninguém estava prestando atenção, atrasei o passo na esperança de ver alguém a olhar para ele, mas nada ninguém pára para ver o pôr-do-sol. E este estava particularmente exuberante.

Lê-se o jornal ou a Caras, olha-se para o chão ou para o relógio, brinca-se com telemóvel, mas para olhar para aquilo que é belo, para saborear a vida ninguém parece ter tempo. O Dalai Lama diz que a humanidade vive como se nunca morresse e morre como se nunca tivesse vivido. Mais uma vez encontro uma profunda sabedoria nas palavras de Sua Santidade.

Longe de criticar ou de me achar superior, sinto compaixão por todos os que atravessam a sua existência sem viverem. Muitos têm perfeita noção disto, outros acham que uma existência carregada de materialismos, passada a correr para ganhar mais e mais chama-se vida, é destes que sinto maior compaixão, pois sentirão uma enorme dor quando tiverem de abandonar este mundo.


Fiquem Bem!

sábado, 20 de outubro de 2007

Praia



Hoje bem podia ter levado o teclado do telemóvel para a praia, pois estive lá umas horitas da parte da manhã. Tomei uma banhoca, e posso dizer-vos que em Agosto no Algarve a água estava mais fria. Não sendo estranho ter dias bons de praia em Outubro, é perfeitamente anormal a quantidade. Só não tenho ido todos os dias para a praia por falta de tempo, pois já há várias semanas que o tempo está esta maravilha. O Sol até nem queima muito pois está francamente mais baixo o que até é melhor pois no pino do Verão às vezes é insuportável estar na praia, por outro lado a água está muito boa não há muito vento e, sobretudo, há muito pouca gente.


Fiquem Bem!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Meditação


pensamentos em 09-10-2007 8:36
Ontem o vento estava forte quando sai do barco, vinha de conversa com uma colega e não me apercebi, depois quando nos separamos dei por ele. Aproximei-me do molhe e senti-o com vigor a massajar-me a face, estive ali parado durante minutos apenas sentindo-o, ouvindo-o a cantar, sentindo o seu cheiro salgado. Às vezes interrogo-me como as coisas mais simples podem ser as mais belas.
Sempre adorei o vento, talvez por ter vivido em Lagos, talvez por qualquer desequilíbrio energético. O certo é que gosto de o sentir, dá-me um prazer incrível passear ao vento. Recordei-me de um passeio na praia, ao pôr-do-sol, aliás não era assim tão diferente, ali ao pé rebentavam pequenas ondas, o cheiro a maresia pairava no ar e o sol punha-se pintando as esparsas nuvens de um tom rosa choque.
Nem um pensamento abordou a minha consciência, só o prazer transmitido pelos sentidos. Respirei aquele ar salgado profundamente e senti-o a penetrar nos pulmões e a misturar-se no sangue, tomando o lugar do CO2 que acabei por expulsar no fim do ciclo da respiração. A minha mente, apesar de cansada após um dia longo de trabalho, ficou mais fresca, mais desperta. Porém uma pequena dor no pescoço, que tinha começado a manifestar-se ainda no trabalho, teimava a estar lá, no entanto não me incomodava, apaguei-a do meu consciente, aliás apaguei o meu consciente e continuei ali a ouvir e a sentir o vento.
Ao fim e ao cabo trata-se de uma espécie de meditação. Para mim meditar é sempre uma experiência libertadora, às vezes esqueço-me, não tenho tempo ou estou demasiado cansado. Como já referi a vida actual é uma correria, estamos sempre à pressa, sempre contra-relógio. Muitas vezes não temos tempo para aquilo que é de facto importante – VIVER. O acto de meditar faz parte da vida, ajuda-nos a acalmar a mente, tal como o dormir, meditar é fundamental para o nosso equilíbrio mental, talvez por ser tão menosprezada hoje em dia é que estamos a viver numa sociedade cada vez mais esquizofrénica.
Meditar não tem nada de esotérico, lembro-me de uma conversa com o director comercial da Ameritec para a Europa há uns anos atrás. Ele provinha de famílias tradicionais inglesas e contou-nos a respeito de um vinho do Porto que lhe recordava a sua juventude, que se lembrava claramente do pai sentado à lareira a fumar um "Romeo e Julieta" e a beber um cálice desse vinho. Ele ficava ali em silêncio observando as labaredas, enquanto bebia e fumava. Isto é uma forma de meditar. Já escrevi aqui que um dia estava só na praia e resolvi meditar enquanto tentava sincronizar a minha respiração com as ondas. É preciso descobrir o nosso ritmo nos muitos que o Oceano tem, mas a recompensa é muito gratificante.
Claro que com toda esta loucura que se vive hoje em dia é muito complicado parar para não pensar, os problemas assolam-nos, é a taxa do crédito à habitação que não pára de subir e nos sufoca, é a situação no trabalho que está cada vez mais precária e desumanizada, é o custo de vida que não pára de subir acima dos salários. Todos temos muito graves motivos para andar sempre com a mente ocupada. Mas apesar disso, ou talvez mesmo por causa disso, devemos arranjar um momento para nos descontrairmos, para atirar para trás das costas todos os problemas. Tenho de confessar que até sou um privilegiado vivo ao pé do mar e da mata, para além disso tenho uma forte aliada – a música, seja o David Gilmour, os Pink Floyd, os Tangerine Dream, o Vangelis ou simplesmente a música do vento ou das ondas.
Às vezes é o q.b. escutar serenamente a música do vento ou o ritmo das ondas, tão menosprezados e no entanto tão belos. Fico a pensar que a nossa sociedade só dá valor a tudo aquilo que é pago, quantas pessoas vemos parar para admirar um pôr-do-sol? Se calhar se aparece-se uma marca a patrociná-los e começa-se a cobrar para os vermos, as audiências iriam subir.


Fiquem Bem!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Dedicado à Micas

Fiquei com alguma pena pela Micas, afinal depois de se contar os dias para o concerto dos Police este teve de ser adiado.

Sei perfeitamente o que ela está a sentir pois também eu esperei ansiosamente pelo concerto dos Depeche Mode para este vir a ser cancelado.

Vim num instante colocar mais um bocadinho do concerto de Lisboa, têm sido dias cansativos e só me apetece sentar na frente da TV e descansar a alma um pouco.



Fiquem Bem!

sábado, 13 de outubro de 2007

Voltei ao Dark Side of the Moon



Resolvi terminar o luto pelo Syd. Assim voltei a usar o nome original.

Fiquem Bem!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Voltas

Filhota mergulha no pôr-do-sol em 10/10/2007 na Fonte da Telha

A vida dá imensas voltas. Hoje devia publicar um texto que acabei ontem mas, como já disse anteriormente, não sou capaz de publicar algo sem lhe dar mais um "jeito"; para mim tudo é fluido e resultado do momento. O que penso neste momento pode não ser o mesmo que pensarei daqui a umas horas. O que sinto agora não será seguramente o que estarei a sentir dentro de alguns minutos. Claro que há sempre uma reserva que muda pouco, aqueles pensamentos que demoram anos para mudar e aqueles sentimentos que se prolongam para o resto da vida.

Fui fazer algumas visitas a blogs amigos e a vontade de transcrever o que tinha escrito ficou adiada. Estou a ouvir PinkFloyd - The Dark Side of the Moon - Time:

And then the one day you find ten years have got behind you
No one told you when to run, you missed the starting gun


Já escrevi aqui uma frase de Sua Santidade o Dalai Lama:

Apenas há 2 dias por ano em que nada se pode fazer; um chama-se ontem e o outro amanhã.

Li ainda nos Laços Azuis:

Perguntaram ao Dalai Lama

“O que mais te surpreende na Humanidade?”

E ele respondeu:

“Os Homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.

E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro.

E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido”

Estes pensamentos não me têm saído da cabeça nos últimos anos e por força das circunstâncias estão particularmente activos ultimamente. De modo que tenho feito tudo para viver intensamente cada momento como se fosse o ultimo, por não me prender a nada, para ser feliz hoje em vez de estar a preparar a vida para ser feliz amanhã.

Claro que nem sempre é possível agir assim, mas dentro do possível vou tentando desfrutar cada segundo desta breve passagem pela bolinha azul que apelidamos de Terra.

Fonte da Telha - 10/10/2007

Fiquem Bem!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

On An Island 3

Marina de Vilamoura (scan de uma foto já perdida no tempo)

O nevoeiro acompanhou-me até à porta de casa convidando-nos a entrar, a lareira crepita na sala, sentamo-nos na sua frente. Retiro do bolso as pedras que recolhi na praia colocando-as junto às labaredas que as aquecem. Após estarem na temperatura certa, uso-as para lhe fazer uma relaxante massagem. Voltamos a beijar-nos e deixamos os nossos corpos unirem-se, não trocamos uma única palavra, não precisamos basta olhar profundamente nos olhos e sabemos o que cada um quer dizer ao outro. As nossas sombras dançam na parede oposta impulsionadas pelo saltitar das chamas. Beijamo-nos mais uma vez, a nossa respiração está ofegante e por fim apertamo-nos ainda mais num momento de prazer supremo.
Voltou a calma, aquela paz, aquela serenidade. Voltei a pôr o disco, ajeito os troncos na lareira de modo a intensificar as chamas, volto deitar-me ao lado dela e abraço-a olhamos pela janela e vemos a lua desenhar as sombras dos pinheiros no chão, a voz do David Gilmour começa a ouvir-se e murmuramos as letras com ele…

On An Island

Remember that night...
White sails in the moonlight
The
y walked it too...
Through empty playground, this ghost's town
Children again on rusting swings getting higher
Sharing a dream
On an Island.... it felt right
We lay side by side,
Between the moon and the tide
Mapping the stars for a while
Let the night surround you
We're half way to the stars,
Ebb and flow
Let it grow..... feel the warmth beside you

Remember that night,
The warmth and the laughter
Candles burn...
Though the church was deserted
At dawn we went down through empty streets to the harbour
Dreamers may leave ...but we're here everafter...
Da da da da da....
Let the night surround you
We're half way to the stars,
Ebb and flow
Let it grow..... feel the warmth beside you...

Fim (por agora)

Fiquem Bem!

sábado, 6 de outubro de 2007

On An Island 2

Belém 28/08/2007

Concentro-me a olhar para o mar, ali ao lado, está calmo agora. Ao longe uma vela recorta-se no horizonte, entre dois tons de azul, desloca-se lentamente, a paz invade-me, uma paz profunda, serena. Os acordes da viola levam-me até ao veleiro onde me deito numa rede observando o azul profundo do céu. Um Albatroz desloca-se através da esfera celeste sem um único batimento de asas e afasta-se, placidamente.

Respiro fundo, o vento aumenta de intensidade acelerando o barco, a proa corta as ondas, salpicos de agua atingem-me a cara, olho pela popa e observo o risco que a esteira desenha na superfície do oceano, ainda assim impera a calma, respiro fundo mais uma vez. Uma sensação de calor apropria-se do meu peito, a velocidade aumenta, mas a serenidade subsiste. O vento assobia nos brandais, o clímax foi atingido, um momento orgásmico.

Aquela sensação de doce cansaço invade-me enquanto oiço os acordes de saxofone de “Red Sky at Night” e os céus tomam esse tom do pôr-do-sol filtrado pelas nuvens, de vez em quando uma suave aragem acaricia-me a cara e provoca um arrepio nas águas do mar. Sinto-me no céu, aliás condizendo com o que estou a ouvir agora “This Heaven”, nada tem importância agora, apenas eu e esta paisagem deslumbrante. Baloiço na rede acompanhando o ritmo da música.

Chego a terra, ouve-se as ondas a espreguiçarem-se no cascalho da praia, arrumo a palamenta, caiu um manto de nevoeiro e ouve-se ao longe a sirene do farol, alertando da proximidade de rochedos, ainda de vê o seu clarão no meio de nevoeiro. Fecho os olhos e inspiro aquele cheiro a maresia, sinto-me a flutuar no nevoeiro, lentamente, deixo o ar escapar lentamente ronronando de prazer, para voltar a encher os pulmões. Um sorriso invade a minha cara quando a vejo junto da porta de casa entreaberta, abraço-a e beijamo-nos ternamente, acaricio-lhe o cabelo e contemplo o seu belo e sereno sorriso enquanto encosta a cabeça no meu ombro. Deixo-me ficar ali admirando aquele sorriso terno e sentido o calor do seu corpo enroscado no meu.

Continua

Fiquem Bem!

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

On An Island

O meu cantinho em 23/03/2006

Acho que ainda não falei deste álbum, talvez dos mais belos dos últimos anos, na minha perspectiva o melhor deste século. A sensação que me transmite é de uma profunda paz e serenidade. David Gilmour aparece aqui mais maduro, menos agressivo, menos depressivo. Um verdadeiro hino à felicidade e à calma. Só muito raramente um disco consegue transmitir tanta tranquilidade. SUBLIME.
Fechei os olhos e imagino-me a olhar para um lago cujas águas imaculadas pela ausência de qualquer brisa, reflectem um castelo numa ilha. O horizonte perde-se na bruma, ao longe ouve-se o som grave, quase cavernoso, das ondas do mar embatendo nos rochedos. Está frio, um frio seco, quase cortante, o céu coberto de nuvens que apesar do seu aspecto tempestuoso, combinam nesta paisagem conferindo uma moldura a todo este quadro. Sente-se alguma electricidade no ar, ouve longínquo um trovão, e nota-se claramente o cheiro da iminência da chuva.
A tarde aproxima-se do fim, pequenos bandos de aves cortam o ar a caminho dos seus ninhos, deixando aqui e ali escapar um trinado. Ao longe sobre as falésias adivinha-se o habitual frenesim de fim de tarde das gaivotas, do outro lado nas colinas que se adivinham verdejantes no cinzento da bruma, um rebanho de ovelhas pasta pachorrentamente, ouve os seus sinos assim como o latir dos cães pastores que se afadigam a reagrupar as que se tresmalham. Não sinto qualquer pressa nem vontade de abandonar este local mágico, olho para o relógio e verifico que os ponteiros estão parados. As sombras também não se movem, o tempo ficou congelado num longo segundo. Não reajo, não tenho fome, nem sede, nem cansaço, nem stress.
Continua - Um parêntesis para informar que devido à extensão do texto tive de cortá-lo. Irei publicar os diferentes excertos nos próximos dias. Um conselho, faz todo o sentido ler o texto acompanhado pela música, pois foi ouvindo-a que encontrei inspiração para escrever.
Fiquem Bem!

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Morrer

Praia do Porto de Mós em Agosto de 2004

Ontem depois de todas as confusões que arranjaram com o electrocardiograma vi-me perante a perspectiva de algo não estar bem a nível do coração e inevitavelmente a ideia da morte acabou por ser considerada. Não senti medo, nem temor, apenas me senti incomodado. Sim pois é a única certeza que temos ao nascer, um dia morreremos, é inevitável e todos nós devíamos encarar esse facto como algo de normal.

Tenho de confessar alguma curiosidade para saber o que há depois, por isso não encaro a morte de uma forma aterradora. É mais uma interrogação, quase como uma aventura. Só que na maior parte das aventuras podemos sempre regressar e nesta é uma viagem sem volta. Por isso não a temendo, também não a desejo, assim tipo amor e ódio.

Aqui há uns tempos comecei a ler o Livro Tibetano dos Mortos, não o concluí, tal como muitos outros pois muitas vezes perco a vontade de ler seja o que for. Não sei porquê que tal acontece mas de vez em quando tenho uma grande vontade de ler e devoro livros uns atrás de outros para depois passados dias nem me lembrar que existem livros. Digamos, até para não fugir ao assunto, que a vontade de ler morre dentro de mim, assim abruptamente, para depois renascer como uma Fénix.

Em relação aos outros sinto pena, quer dizer, é mais sentir a sua falta, mas não sou capaz de chorar num enterro, não o fiz na morte do meu pai. De facto não sei descrever o sentimento que se apoderou de mim, não fiquei arrasado, apenas triste pela perda, é estranho agora à distância mas para mim foi o contacto com a inevitabilidade. Aliás sinto hoje mais a falta dele do que naqueles dias, é a saudade, é a falta daquela pessoa com quem podia desabafar e que dava sempre o conselho certo, ou pelo menos o mais avisado.

Aqui há uns anos sonhei com o meu pai, sonhei que eu estava prestes a cometer uma asneira enorme e o meu pai assomou-se à porta e sorrindo fez-me sinal de não com o dedo. Nessa altura como em muitas outras no passado não lhe liguei e o resultado foi desastroso sofri imenso, mais do que alguma vez em toda a minha vida. Ainda hoje sinto uma grande dor na alma por tudo o que se passou.

Mesmo depois de ter morrido o meu pai continuou a dar-me conselhos, portanto de facto ele está comigo, pode ter morrido mas não desapareceu, nem desaparecerá. Eu prometo é que irei sempre seguir os conselhos dele daqui para a frente.


Fiquem Bem!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

The Police

Dada a hora apenas ponho aqui um aperitivo. Apenas vou dizendo que me sinto na Lua...


Fiquem Bem!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Pôr do Sol na praia


Nada melhor do que um pôr-do-sol na praia, este foi tirado hoje. Cheguei a casa e resolvi meter a canzoada no carro e levá-los à praia. Isto de passear 5 cães é complicado, especialmente quando 2 deles ainda são cachorros.




Adoro a praia ao fim da tarde, especialmente nesta altura. Acho que nem preciso enumerar as razões, basta olhar as fotos. Não vos vou casar com prosa, são as fotos que interessam.

Fiquem Bem!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Mar e Chuva

Fonte da Telha Abril de 2006

Hoje fui invadido por um turbilhão de sentimentos contraditórios. Para começar reunião de pais do colégio da filhota, às vezes é uma seca, mas tem sempre o condão de mostrar até que ponto a mucheca (termo algarvio para miúda) está evoluida: já nos sentamos confortavelmente nas cadeiras deles, as temáticas da sala já são outras, os colegas já nos parecem muito crescidos, etc.

Também aconteceram situações desagradáveis a nível pessoal e não só, mas essas deixo-as para o escárnio. Aqui evito trazer temas desagradáveis, apesar de por vezes me ver obrigado a fazê-lo.

Chegado a casa, apeteceu-me ir até à praia. E lá fui, com os meus cães, quer dizer os 3 mais velhos, o Dudú e o Max ainda não estão suficientemente obedientes para esses longos passeios.

20 minutos de caminhada e lá estava eu com os pés descalços na areia. Não corria vento, nem um fio, o mar estava estanhado, apenas pequenas ondas vindas de uma tempestade distante rebentavam ordeiramente na areia que se esticava até longe aproveitando a baixa-mar. No ar sentia-se aquele aroma típico dos fins de tarde balneares, lá atrás sobre os pinheiros começavam-se a assomar timidamente algumas nuvens que anunciavam a proximidade de chuva, para além dos tractores dos pescadores que de resto estavam abandonados no areal, viam-se pequenos grupos de pessoas dispersos. Sentia-me quase só.

Aproximei-me do mar e deixei que a 1ª onda me lambesse ternamente os pés. Surpresa! A água estava bastante temperada, tépida mesmo, meditei por alguns segundos - Bolas! Não trouxe o fato de banho! Que se lixe! - Afasto-me umas centenas de metros dos veraneantes mais próximos e aqui vou eu. Entrei sem qualquer hesitação, a água estava mesmo um caldo. Fiquei por ali nadando, apanhando boleias nas ondas, observando a luz do sol poente deslizando na minha direcção ou simplesmente deixando-me absorver pela comunhão total com aquele quadro de uma beleza imensa. O tempo, esse carrasco impiedoso, continuou a sua marcha e verifiquei que eram 19:30. Está no momento de regressar.

Saí contrariado daquele mar de prata e com alguma relutância comecei-me a vestir. A viagem de regresso a casa começou com a constatação que as nuvens que prometiam chuva tinham perdido todo o pudor e agora apresentavam-se completamente desinibidas. Pensei se a minha nudez não teria contribuido para essa emancipação. Não creio, mas acredito piamente que serei contemplado com um duche antes de conseguir chegar ao meu chuveiro.

O inevitável aconteceu, a chuva começa a cair, mas longe de ser algo de desagradável, veio dar um novo colorido ao quadro de sons, imagens e cheiros que se tinha composto neste magnífico fim de tarde. Estava precisamente a atravessar a Mata dos Medos, em pleno pinhal, quando recebi este brinde. Não sei se algum de vós já passeou no meio de um pinhal à chuva; os cheiros da terra molhada, da resina, da madeira húmida, das agulhas dos pinheiros e das pinhas banhadas pelas gotas da chuva; o verde das folhas ressalta com o brilho da água, o castanho da areia e da caruma toma um tom ocre. O pinhal adquire um ar mágico.

Deixo aqui uma das músicas que tenho estado a ouvir enquanto redigi estas linhas:



Fiquem Bem!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Vejam se descobrem!

Vejam lá se descobrem de quem é o excerto desta música.

Posso dar algumas pistas: Ano 1978, é de um artista português, o disco conta a história do fim do planeta terra, da fuga para o espaço de um casal e seu posterior regresso, 10.000 anos depois, para o repovoar.

OK! Dou uma enorme ajuda o nome do álbum é "10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte". E ainda dou de bónus que 2 dos músicos de suporte são o Ramon Gallarza e o Zé Nabo.

Não! Não é do Rui Veloso!





Fiquem Bem!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Basic

Não! Não é a linguagem de programação que foi vulgarizada com ZX Spectrum. Lembram-se dele? aquela caixinha preta com teclas de borracha que se ligava ao televisor.

As horas perdidas a carregar os jogos a partir de cassetes de audio, no meu caso as horas a escrever programas, uns mais a atirar para o sério outros eram simplesmente jogos. Foi o meu 1º computador (apesar de já trabalhar com mainframes).

Bem mas o assunto é outro: Basic é o filme que estou a (re)ver, ou melhor comecei ontem só que adormeci e vou recomeçar hoje.

No papel principal John Travolta - tenho de admitir que nutro uma certa admiração por este actor. Depois de um início de carreira a atirar para o canastrão, andou em filmes de low-profile, fez uma ou outra aparição mais conseguida - estou a lembrar-me de "Blow Out" e da série "Olha quem fala" - para renascer com uma dimensão totalmente diferente em "Pulp Fiction" onde contracenou com Samuel L. Jackson, com quem também contracena neste filme.

É a história da investigação de uma série de homicídios ocorridos durante uma missão de treino de Rangers no Panamá, devido à complexidade do crime o comandante da base convida Hardy (Travolta) ,
um ex-Ranger, policia da DEA que está suspenso por suspeita de corrupção, para ajudar Osborne (Connie Nielsen), a policia militar, a interrogar os únicos sobreviventes, a estes juntam-se outras personagens, cada uma contando uma versão diferente da história. O clima opressivo é acentuado pela presença iminente de um furacão.

Um filme com sinal mais.

Fiquem Bem!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Outro que tirei do baú

Sábado, Abril 29, 2006

FREE LOVE


Hoje esteve um maravilhoso dia de primavera, de manhã, como habitualmente, passei junto à Costa da Caparica a caminho de Lisboa. O mar estava sereno com uma pequena ondulação que começava a rebentar longe e estendia os seus dedos brancos longamente até à areia.
-Dark! - exclamou ele assim que me viu - uma das minhas sereias quer falar contigo.
Finalmente vou puder falar com uma sereia, pensei com o coração a bater descompaçadamente. - Sim, claro, vou já aí ter - disse-lhe com uma tremura de excitação mal disfarçada na voz.
Sentei-me a comer qualquer coisa enquanto esperava por ela - Olá! És tu o Dark - fiquei petrificado, o meu coração parou de bater - o mar disse-me que estavas aqui e ele tem falado tanto de ti que te quiz conhecer.
Não consegui dizer uma palavra, na minha frente estava o mais belo ser do Universo, os seus cabelos eram areia do fundo do Oceano Indico e os seus olhos eram dois pedaços do mar das caraíbas, o seu corpo era moldado pelas ondas do pacífico sul.
- Senta-te, vou buscar-te um café - disse-lhe recuperando o folgo. Voltei a sentar-me junto dela e ali fiquei conversando durante horas e horas. A sua voz tinha a melodia das ondas rebentando suavemente numa praia a pôr-do-sol, o seu perfume era salgado como a maresia. Por fim ela disse -Tenho de me ir embora, de voltar para o meu mundo.
-Não! - implorei-lhe - Não vás! Fica comigo!
-Como gostava - respondeu-me mas o meu mundo é lá embaixo de água e o teu cá em cima, em terra - Senti-me o mais triste dos homens e gritei-lhe - Eu AMO-TE não te vás, quero ficar contigo para sempre!
- Eu também te AMO mas o meu lugar é no fundo do Oceano e o teu aqui sobre a terra. - retorquiu-me com uma lágrima no canto dos olhos.
- Se me AMAS porquê que vais? O que há de mais importante do que o AMOR? - perguntei-lhe desesperado.
- Sabes que nem eu posso viver aqui nem tu lá embaixo. Eu AMO-TE mas o meu lugar é lá.
Ela afastou-se, e eu fiquei a vê-la descer até desaparecer da minha vista. Fiquei ali olhando para o mar. Este ao ver a minha dor veio por um braço sobre os meus ombros - Olha filho, de facto vocês não podem estar juntos, mas podes sempre ir visitá-la quando mergulhares, mas sabes bem que tens de voltar à superfície, outras vezes ela poderá vir ter contigo, mas ao fim de algum tempo terá de voltar para o fundo do oceano.
- O que há de mais importante do que o AMOR - perguntei de novo.
- Mas tu morrerás se te acabar o ar das garrafas. O AMOR é o mais importante da vida, mas se ficas lá embaixo acabas por perdê-la.
- É, só me resta ficar com ela enquanto durarem as garrafas, pelo menos até criar guelras. Sim eu vou criar guelras, ou então morrerei afogado. De uma maneira ou de outra ficarei com ela para sempre.
- És doido, - replicou-me o mar - completamente doido.
- O AMOR nada tem a ver com a razão, sabes. Ele não é planeado, ele não é orquestrado, ele não se constroi nem se calcula. Simplesmente brota, surge sempre que 2 almas se complementam. Por isso é que nunca é pecado AMAR.
O mar pensou por uns momentos e disse - Nada do que me dizes é novidade para mim, apenas queria ver até que ponto sabias o que era o AMOR. Sabes a maior parte dos Homens confunde AMOR com apego, constroi uma imagem da sua sereia como se ela fosse uma Mulher, e depois acaba por secá-la ao mantê-la cá em terra, outras vezes ela acaba por fugir. Temos de deixar que a natureza daquele que AMAMOS se manifeste livremente. E eu queria saber até que ponto sabias o que era o AMOR. Agora vejo que és capaz de abdicar da própria vida por AMOR, AMOR verdadeiro, agora sei que mereces ficar com ela e ela contigo. Vem, trás as garrafas, vai ter com ela e não te preocupes, na altura certa hão-de crescer-te as guelras, porque o AMOR é todo-poderoso.

AMEM livremente, sem compromissos, sem segundas intenções no Lado Escuro da Lua!


Fiquem Bem!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Agora os Genesis



Sobre os Pink Floyd, que para mim são o melhor grupo de Rock de todos os tempos, já dediquei várias páginas nomeadamente esta e esta. Para além de outras nos meus primeiros blogs. Daí que a minha 2ª página consecutiva sobre música seja dedicada a este magnífico grupo (até à saída do Peter Gabriel).

Esta música "Firth of Fifth" ainda hoje me causa arrepios, especialmente os loongos solos de flauta, piano, órgão e viola eléctrica. Este álbum, "Selling England By The Pond", e o "The Lamb Lies Down On Broadway" são a meu ver os melhores desta banda, que após a saída de Peter Gabriel ficou reduzida a uma banda comercial e ligeiramente acima da mediocridade.

Mas voltemos ao tema que enquadra este artigo. Um início com um espectacular solo de piano, depois "The path is clear" começa a cantar PG - ao mesmo tempo que viola baixo, orgão e bateria entram com a melodia, ao que se junta uma viola acústica (12 cordas?)... Silencio começa-se a ouvir acordes de viola baixo e piano... e eis que entra a flauta... sublime... segue-se o piano... celestial... depois o órgão... apoteótico, segue triunfalmente ponteado pela bateria, para finalmente entrar a viola solo, esplendorosa, fantástica, arrepiante. Quase somos transportados para outro planeta, para outras esferas. Até que lentamente somos reconduzidos à Terra pela voz de PG. "The ridle of constant change". Aterramos após uma viagem intergaláctica.

Boa viagem!

Fiquem Bem!

Músicas


Tive uma recaída em relação às músicas que marcaram a minha infância. Num daqueles momentos repentinos coloquei no CD do carro o magnífico disco dos Genesis - "Selling England By The Pond" e dei por mim a pensar em tudo o que ouvia há mais de 20 anos.


Acima de tudo gostava de vos falar dos Genesis, mas não consegui ainda encontrar a minha música favorita "Firth of Fifth" (só mencioná-la provoca-me arrepios), depois o melhor será talvez começar pelo princípio.

O princípio para mim foram os Supertramp e o álbum "Crisis? What Crisis?". (Estranhamente o titulo assenta que nem uma luva no Portugal do sec. XXI, mas isso são contas de outro rosário) O que tem este disco de especial? Hoje pouca coisa, para um miúdo de 11 anos foi o Big Bang, ainda por cima este disco foi banido lá de casa (eram um bando de barbudos de grandes gadelhas, de certeza que eram drógados). Foi uma espécie de emancipação musical precoce o grito contra os fados, o Marco Paulo, o Toni dos Santos, a Anita Guerreiro e muitos outros que assombravam os meus pavilhões auditivos.

Passados alguns anos voltei a comprar este disco (o primeiro exemplar tinha sido trocado pelo do Eurofestival da Canção - outro vómito sonoro, pela minha mãe) desta vez clandestinamente, seguiram-se os discos "Crime Of The Century", "Even In The Quietest Moments" e, sobretudo, "Wish You Were Here" dos Pink Floyd. Claro que esta colecção acabou por ser descoberta e instalou-se a preocupação se eu não seria também um drógado.

Depois de muitos atritos de muita guerra, lá me deixaram em paz com as minhas músicas seguiram-se Genesis (antes da saída de Peter Gabriel), Triunvirat, Yes, Emerson, Lake & Palmer, Tangerine Dream, Vangelis, Jean Michel Jarre, Jean Luc Ponty, Frank Zappa, David Bowie, Kraftwerk, Ultravox, Rick Wakeman, Queen, Led Zeppelin... vou parar a lista pois arriscava-me a levar toda a noite, apesar de haver omissões imperdoáveis.

Olhando para os dias de hoje vejo que a juventude tem uma vida muito mais facilitada que a nossa, é preciso lembrar que estávamos em 1975 meses após o 25 de Abril de 1974, que o nosso país acordava dum profundo pesadelo Fascista que tinha durado 48 anos e que apenas pequenas elites tinham acesso ao que de mais moderno se produzia em termos artísticos lá fora. Portugal era um país rural, inculto, atrasado e "orgulhosamente só". Os Supertramp foram assim como que um 25 de Abril para mim.

Em relação à qualidade da música de agora, não sou desses que dizem que antigamente é que era bom agora já não se faz música de jeito, mas digo (com alguma nostalgia) que não se faz música como antigamente. Adoro U2, Coldplay, Depeche Mode e muitos outros grupos actuais, mas aquela sonoridade, a orquestração quer do Rock Sinfónico quer do Rock Progressivo foram desaparecendo. Como não sou um adepto da Chiclet (lembram-se dos Taxi "mastiga e deita fora") volto regularmente ao meu baú.

Fiquei muito contente pois enquanto escrevo estas linhas estou a ouvir os Supertramp e a minha filhota (que tem precisamente 11 anos) passou por aqui e disse "-Pai estás a ouvir uma música bué fixe". A miúda pelos vistos sai aos pais (a minha cara metade partilha também estes gostos, embora o mais que tudo para ela sejam os Queen).

Uma última palavra para as imagens do vídeo que escolhi para hoje, não têm nada a ver com a música, mas como há algumas de bom gosto e o mais importante era mesmo a música achei que não fazia mal usar aquele vídeo.

Fiquem Bem!

sábado, 1 de setembro de 2007

Hoje estive a colocar "labels" nos posts todos. A minha filhota acordou e o telefone tocou. Parece que o tempo para estar por aqui vai rapidamente chegar ao fim. Hoje sinto vontade de escrever por isso sou bem capaz de voltar aqui.

Outra coisa, recuperei o Texas Instruments mas ainda não o consegui pôr a comunicar com o servidor. É que o gajo é muita velhinho e não consegue ler CD-R só lê os CD normais e como perdi o CD do Windows 98 (apenas tenho o CD-R com o 98 SE) não consigo configurar o bicho.

Aproveito para deixar aqui um apelo se alguém tiver lá para casa um CD original do Windows 98 ou 98 SE que não precise a gerência agradecia.

Fiquem Bem!

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Conversas com o mar 2

Lembrei-me agora que a história da Sereia tinha começado no meu antigo blog. Daí que pensei em republicar os textos dessa altura, este aliás é o 2º pois já tinha posto este.



Sexta-feira, Abril 21, 2006

Mantive silêncio e também não resultou


O mar está revolto, anunciam-se ondas de 4 metros ao largo, estive caladinho, nem um só comentário, mas lá veio outra vez mau tempo para mergulhar!

Sinceramente acho que vou aprender surf, ao menos se não puder mergulhar sempre vou surfar:-)

Quando saí do carro, atrás do cordão dunar, logo sem conseguir ver o mar disse imediatamente à Kind of Magic - Nã... Amanhã não vou mergulhar estás a sentir o cheiro. - O cheiro era trazido pelo vento que soprava furioso e provocava vaga de Oeste, arrastando o seu odor bem para trás do cordão dunar. É um cheiro salgado, maravilhosamente salgado que nos invade os sentidos e nos arrebata a alma, que nos abraça e acaricia e que nos convida a dançar, rodopiando em remoinhos. É a maresia!

Olá - disse-nos ela - dançando entre nós, vejo-vos passar todos os dias ali em cima, mas não têm parado por aqui!

- Sabes como é sempre com pressa, o trabalho, as obrigações... Que disparate claro que não sabes! Que sabes tu de trabalho e de obrigações?

- Mais do que imaginas - soprou a maresia aos nossos ouvidos - Julgas que não dá trabalho trazer serenidade a todos os humanos que me respiram? E as minhas obrigações com os poetas, os músicos e os pintores, enfim com os artistas?

-Tens obrigações?

-Sim, claro tenho a obrigação de os inspirar!

-Pensava eu que a vida para ti era leve, que apenas te divertias

-Claro que me divirto, adoro o meu trabalho e as minhas obrigações por isso é que não me pesam.


Fiquem Bem!

sábado, 18 de agosto de 2007

Garrafas


Alterei o toque das mensagens do meu telémovel, cortei uma parte da música do Message in a Bottle dos Police e Zás!

Escrevi uma mensagem numa Garrafa Azul e lancei-a ao mar na esperança que a minha Sereia a lei-a. Há muito tempo que não estou com ela e morro de saudades, corri até ao mar e deixei que as ondas me acariciassem os pés, joguei a garrafa, gritei pelo seu nome e esperei. Esperei, mas ela não veio.

As ondas continuaram a fazer-me festas e a dar palmadinhas enquanto foram dizendo:

- Não fiques assim tão triste, pois temos a certeza que só uma forte razão a está a prender lá no fundo". Olhei para elas e sem saber o que dizer limitei-me a sacudir a cabeça.

- Vá lá, não fiques assim. Vem divertir-te conosco, não nos achas lindas?

- Claro que são lindas - respondi - mas, desculpem a franqueza, não se aproximam da beleza da minha sereia. Nela tudo é lindo, as curvas do seu corpo não têm rival, nem nas mais perfeitas ondas, a côr dos seus olhos ultrapassa o mais lindo azul dos oceanos e o seu cabelo faz empalidecer o mais belo de todos os areais.

- Se calhar estás a exagerar um pouco - retorquiram-me mostrando-se um pouco ofendidas.

- Não. Nunca serei capaz de transmitir por palavras a beleza dela, pois por cada sentido teria de escrever um texto do tamanho da Enciclopédia Britanica apenas dar dar uma pálida ideia.

- Como assim?

- A descrição que fiz foi apenas um pequeno extracto do que me transmite a visão. Se fosse falar da audição teria de dizer que a voz dela é mais bela que o ressoar mais romântico que alguma onda poderá produzir, que o som da sua respiração não tem qualquer comparação com o mais doce arulhar do vento. No que diz respeito ao olfacto, bem podem tentar a mais bem conseguida mistura de maresia e flores tropicais que nunca conseguirão aproximar-se do magnifico odor da sua pele despida e suada após termos feito AMOR. A suavidade da sua pele é tal que nos leva ao Nirvana só de imaginar-mos que a estamos a tocar. Deixei para o fim o paladar, pois o sabor da boca dela ultrapassa o hidromel da mitologia grega. De facto depois de beijá-la sentimo-nos no Olimpo...

- Chega! Não digas mais nada - as ondas, num misto de frustação e pena, cortaram-me a divagação - não adianta ficares por aí a chorar, pois não será a dor que a irá trazer-te de volta. Quando não podes ter tudo o que AMAS, ama tudo o que tens. E neste momento tudo o que tens somos nós, por isso vem divertir-te conosco enquanto esperas por que ela solte das profundezas negras e sombrias onde está presa.

-Ela está presa? - o meu coração disparou não pela surpresa, mas pela confirmação do que há muito tempo já sabia.

- Sim ela está presa por uma cadeia que é muito dificil de abrir.

- Quem foi que a prendeu? E o que é que a mantém presa?

- O senhor dela, o Abismo Profundo. Sabes que ela não pode viver fora de água, não porque não possa respirar, mas pelo AMOR que sente por ela. Não sei se alguma vez te disseram mas a água é sua filha.

(continua)

Fiquem Bem!

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Yupii!!!


Depois de exactamente 7 looooongos meses sem mergulhar no mar, eis-me já com as guelras molhadas e com a energia vital reposta. (Não sei porquê lembrei-me agora de uma das minhas BD’s favoritas – NAMOR o principie das profundezas – talvez por também ele após ficar muito tempo sem mergulhar perder as forças).

Asneiras à parte – não ter usado Nitrox foi a maior, ter tentado calçar as barbatanas na água revelou-se também uma grande “iztupideze” – os mergulhos apenas valeram pelo regresso ao meu habitat. O ponto mais negativo no entanto foi a câmara ter decidido, tal como tinha acontecido no River em Janeiro, não colaborar, aqui fica a história.

Depois do 1º mergulho em que o flash externo pura e simplesmente não funcionou obrigando-me a tirar algumas fotos com o interno, que graças à suspensão ficaram a porcaria do costume, no 2º mergulho lá consegui convencer o malfadado flash a colaborar, quer dizer às vezes. Aí surgiu novo problema, vidro da objectiva embaciado, bolas logo agora que eu tinha conseguido convencer o estupor do flash a trabalhar, OK é só esperar uns minutos e ele desembacia. A temperatura da água estava mais baixa do que no River (Sesimbra 26 metros de profundidade) e a descer, dificultando assim o desembaciamento, por fim estava quase, já dava para fazer uns bonecos e o mergulho aproximava-se do termo, não pela falta de ar mas pelo tempo de descompressão (para os entendidos saí com o grupo de pressão T a 18 metros, já na zona cinzenta), agora é que vai ser pensei eu para com os meus velcros (para além de não ter botões no equipamento, é um pouco difícil de falar debaixo de água), puro engano, pisca uma luz vermelha no ecrã avisando que a bateria tinha chegado ao fim! Mesmo com o regulador na boca desatei a dizer impropérios que fizeram corar um polvo que por ali andava. Ainda assim tirei uma foto à âncora da Ponta da Piedade que ficou o nojo que estão a ver devido à falta de energia para o flash.

Mas valeu por ter matado as saudades, já foram muito bons só por isso. Outra coisa que gostei imenso de ver foi a quantidade de gorgónias que forma verdadeiros jardins submarinos e que segundo um dos meus companheiros de mergulho, acabado de chegar do mar vermelho (que inveja) só mesmo lá é que se vêm em maiores quantidades.

Outra consideração que aqui queria deixar é sobre as alterações climáticas. Elas estão mesmo aí, como se não bastasse tudo o que vemos nos telejornais e sentimos na própria pele, no fundo do mar são notórias. E aqui é que reside o maior problema, pois como é do conhecimento geral são os oceanos que servem de reguladores atmosféricos e são eles os principais responsáveis pelo clima terrestre.

Ao contrário do ar cujas condições são muito mais voláteis, no mar as alterações tentem a ocorrer mais lentamente mas nestes últimos anos têm sido bastante grandes, começando pela temperatura da água que ontem era muito baixa tendo em consideração que estamos no Algarve e é Agosto, eu tiritava de frio como nunca a uma profundidadezinha de 16 metros, com um fato semiseco de 6,5 mm, o mesmo que uso para ir ao River a 30 metros de profundidade em Sesimbra! Depois o facto de apesar do vento estar de Noroeste há vários dias a água estar extremamente turva. Para quem não conhece o mar por estas bandas pode não achar nada de especial mas para quem como eu mergulha aqui há quase 30 anos, não deixa de ficar surpreendido com isto. Com estas condições de tempo o mar devia estar com uma visibilidade de 20 metros ou mais em vez de 3 a 5 metros que apanhei ontem.

Já argumentaram comigo que o vento tem tido “saltos” e que não tem sido constante. Até concordo, mas em primeiro lugar esses “saltos” são estranhos, em segundo com esses saltos a água não devia estar tão fria e por fim pergunto se esses “saltos” não serão a consequência do estado do mar?

Por isto volto a apelar que assinem a petição aqui ao lado da “Inconvenient Truth” pois sendo uma iniciativa ecológica que tem como mentor alguém como Al Gore (ex-vice presidente dos EUA, e considerado neste momento como o mais provável próximo presidente) será talvez a que maiores probabilidades tem de ter êxito, para além de que tratando-se de um presidenciavel da nação mais poluidora do planeta só por si terá todo o sentido que todos a apoiem e que tornem deste modo a questão ambiental como o principal ponto em discussão nas próximas eleições americanas.

Não há tempo a perder, as alterações climáticas são irreversíveis, tudo o que podemos neste momento fazer é torná-las mais suaves e menos bruscas, mas é fundamental que o façamos pois a outra opção poderá levar à extinção da raça humana ou mesmo de todos os mamíferos, lembrem-se do que aconteceu com os Dinossauros, criaturas muito mais resistentes do que nós e que foram exterminadas em poucos anos pela alteração do clima do planeta!


Fiquem Bem!

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Férias.



Antigamente via-se a baía daqui. Ali à esquerda da palmeira.

Lembro-me da guerra que foi para autorizarem transformar um sotão num andar. Era uma questão de poucos cm. Depois, como cogumelos, surgiram prédios de 3, 4 e mesmo 5 andares!

Mas agora estou de férias e amanhã vou mergulhar! Nem sei se conseguirei dormir depois de meses a seco, vou molhar as guelras!

Tentei publicar esta mensagem por mms e o resultado foi catastrófico. Isto de estar de férias sem internet de banda larga às vezes dá nisto.

Fiquem Bem!

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Cansaços

Criei um novo nick, quer dizer é o mesmo só acrescentei 2. Era uma conta que criei no serviço e para testar algumas soluções menos ordodoxas na net e que resolvi adaptar para escrever 1 ou 2 linhas sempre que necessito de me afastar de um problema para o rever sob outro prisma.

Muitos de vocês devem estar a interrogar-se sobre esta história do prisma, eu explico: quando chego a uma situação que sinto muita resistencia ao avanço, utilizo a mesma técnica que no TT, quando atascamos é sair de marcha atrás. E muitas vezes para "limpar" a mente das equações que me levaram ao "atascanso", distraio-me com outras coisas, antes de tentar nova aproximação ao problema.

Assim aproveito esses "reset" para ir escrevendo ou comentando nos blogs. Não se tem notado nada. Pois não o trabalho não tem deixado muito tempo para "resets". Até porque as tão desejadas férias estão quase à porta. Só faltam 7 horas de trabalho!

Fiquem Bem!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Karting

Este Sábado armei-me em Schumacher e pela primeira vez pilotei um Kart (na foto sou o que estou mais do lado de fora da curva).

Aquilo não é pera doce, em primeiro lugar a surpresa de ter a direcção mais pesada que já vi num veiculo, não imaginam (aqueles que nunca conduziram um) a combinação dos pneus "slick" com uma direcção super-directa a isso obriga. Depois a velocidade que se consegue atingir em curva é alucinante. Os pontos negativos são a pouca potencia do motor (que associada ao meu peso) fazia com que o "bicho" quase não saisse das curvas.

De facto era frustrante ver os outros recuperarem o que, à custa de grande sacrifício, lhes ganhava nas curvas, à saída das mesmas e na recta da meta. É que mais 15 Kg que a concorrência faziam uma diferença do caraças. Numa próxima experiência vou insistir para ir-mos nos 250 cc em vez dos 125 cc em que andamos desta vez, é que a maior potencia nivela mais as coisas em termos peso.

Para conseguir acompanhar os outros e não perder muito tempo na aceleração tive de adoptar um estilo de condução mais agressivo, com trajectórias mais abertas e logo maior aceleração lateral e maiores riscos. O resultado foram várias saídas de pista, alguns piões e loooongas atravessadelas, mais num estilo de rali do que de pista. Também sou um gajo mais de TT do que de asfalto e daí a minha propensão para ir para fora deste.

Agora quero desforrar-me da volta de avanço que levei dos primeiros (terminei em 7º, depois de ter feito o 6º tempo nos treinos - não estejam para aí a pensar que eram 7 porque eram 14), já estou a planear a vingança - Kartcross em modalidade TT!

O resultado final foram dores no corpinho todo, depois do picnic (a corrida foi de manhã) voltamos para casa e depois é que foram elas. Nem consegui ir ao computador este fim-de-semana. As dores nos braços, costas e pernas eram tantas (ainda agora, quase 48 horas depois da aventura com um banho turco pelo meio, a coisa não está 100%). Aquilo parece uma brincadeira, parece que não custa nada, parecem levezinhos; mas qual quê, moem e moem bem.

Mas adorei, não fosse o preço 35,5 € e tinham ali um cliente todas as semanas, garanto-vos que ao fim de 2-3 meses os tais 15 Kg de lastro iam à vida, só não sei se o meu ortopedista amanhã não me dará um valente puxão de orelhas.

Fiquem Bem!

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Portugali Olei!



Este fim-de-semana estive de serviço à protecção civil. No Sábado fui apenas ao inicio e fim da operação, o camarada que estava de serviço era maçarico e achei que devia enquadrá-lo para que ele melhor se adaptasse. No Domingo foi todo o dia.

Foi um dia sem grande história, para além de um miúdo numa motorizada sem licença a circular numa zona proibida, e que lhe preguei um susto que ele não voltou a aparecer, houve uma outra situação deveras complicada.

No meio do mato avistamos uma coluna de fumo bem densa. Era estranho pois o tempo não estava nada de jeito, mas lá fomos a alta velocidade para descobrirmos um terreno vedado com uma barraca bem no meio do arvoredo e cujo o dono estava alegremente a queimar montes de entulho diverso ao pé da porta, mesmo junto ao mato. Esse entulho era composto de madeiras e plásticos e o calor que provocava sentia-se a mais de 30 metros. Instado sobre a situação o dono da barraca desatou numa chuva de impropérios, que a câmara não fazia nada e, incrivelmente, dispara esta pérola: "Passam a vida a fazer fogos à noite aqui na mata, da próxima vez chamo os Bombeiros"!

Fiquei sem palavras! Incrédulo perante tamanha parvoíce, não fui capaz de reagir durante largos segundos, apenas consegui dizer algo do género: "Já devia era ter telefonado sempre que isso acontecesse". Qualquer que fosse o prisma pelo qual olhasse para esta situação só conseguia ver a palavra "ESTUPIDEZ"; é que caso fosse mentira, era estúpido dar essa desculpa, sendo verdade era estúpido que alguém visse fogueiras no meio da mata em plena época de fogos e não alertasse imediatamente as autoridades, ainda mais estúpido pois estava em causa a sua vida e os seus pertences.

A cereja no topo do bolo era que à porta da barraca estava estacionado um VW Passat pertença do dito cujo!

Chegando a casa e vendo o resultado das eleições de Lisboa, não me surpreendeu que o candidato que mentiu, descaradamente, na 2ª feira para ser desmascarado na 3ª tivesse ganho as eleições, ficando em 2º o candidato que arrastou para toda esta confusão a câmara e que é suspeito de corrupção, em cuja lista constam os nomes de outros suspeitos e que tinha a campanha mais cara, sem que se conseguisse perceber de onde vinha tanto dinheiro para gastar em propaganda.

PORTUGALI OLEI!

Fiquem Bem!

segunda-feira, 9 de julho de 2007

...

Ando totalmente desinspirado, sem qualquer vontade de escrever. A única coisa que realmente me apetece é sentar-me diante da tv e ver um filme, assim ao estilo do Kill Bill.

Lembram-se daqueles carrosseis que subiam e desciam, assim está a minha vida tão depressa está lá em cima como cai vertiginosamente. Tão depressa sou elogiado pelos meus pares, como aparecem meia dúzia de zés-ninguém a me cruxificar.

Já devia estar habituado, pois tem sido uma constante, sendo o caso mais emblemático o que me aconteceu quando estive na Escola Prática de Cavalaria, se por um lado o, na altura, Major Salgueiro Maia me recomendava para louvores, por outro um imbecil de um capitão balofo que atendia pelo nome de Caldeira perseguia-me e tudo fazia para me amesquinhar, pois tendo tido a melhor nota no curso espetou comigo na secretaria sem nada para fazer.

O homem ficou com tanta raiva quando o Salgueiro Maia lhe entregou a recomendação para um louvor que me condenou a 5 dias de detenção porque alguém me tinha visto a cofraternizar com os meus soldados fora do quartel. Acontece que era precisamente pela forma como me relacionava com os soldados, juntamente com o espirito de Comando adquirido na recruta que fiz nessa força, que eu marcava a diferença que tanto entusiasmou o homem que derrubou 48 de ditadura.

Vou acabar por aqui, pedindo desculpas a quem costumo visitar mas, como cantavam os Rádio Macau: -Há dias assim, dias de alma vaga!
O problema é que já são dias a mais.

Fiquem Bem!

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Já cá Cantam


Hoje tive uma reunião que durou até depois da hora de almoço. Comi rápidamente qualquer coisa e depois ao deslocar-me para o meu serviço passei por uma agência do Barclays e pensei: nem é tarde, nem é cedo, é já agora! Prontes! Já cá estão!

E já só faltam 89 dias para o grande evento!

Fiquem Bem!

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Livros


O nosso amigo Afonso deixou-me um desafio, listar os últimos 5 livros lidos. Este desafio é algo interessante pois faz-nos pensar no tempo que (não) dedicamos à leitura, pelo menos com um caracter unicamente cultural/lúdico.


O balanço que fiz foi um pouco trágico pois emprego, volutariado para a Protecção Civil, Associação de Comandos, familia, mergulho, etc. são uma dose letal quando nos sentamos no sofá e abrimos um livro, é tiro e queda, desato a ler para dentro num instante.


Mas mesmo assim fiz uma lista, que afinal até acabou por dar mais trabalho do que esperava pois como estou sempre com vários livros encetados e releio alguns amiude, cria-se alguma entropia quando quero traçar uma linha cronológica.


Acho que livros técnicos não contam, pois ando sempre com estes dois debaixo do braço:


  • Web Design de Bruno Fiqueiredo

  • Dreamweaver MX / Fireworks MX de Christian Crumlish

BD também não vale? Lá tenho de excluir os livros dos X-Men.


Assim restam-me:



  1. Casino Royale de Ian Flemming (excelente para quem gosta de espionagem, talvez o melhor livro de Bond e que deu a melhor adaptação para cinema dentro deste género).

  2. O Livro das Religiões de Jostein Gaarder (ainda não acabei de ler este livro em que o autor de "O Mundo de Sofia" traça um resumo sobre as principais religiões do mundo - acho que foca em demasia a Cristã comparativamente às outras).

  3. I CHING (nunca o paro de ler e reler, o 1º livro do mundo e também o livro mais lido de todos os tempos).

  4. Dive in Style de Tim Simond (definitivamente o melhor guia de mergulho de sempre).

  5. O Dicionário do Diabo de Ambrose Bierce e Compêndio Geral das Leis de Murphy (estes dois já foram alvo de comentários uns posts abaixo).

Agora os "felizes" contemplados:

  • todos os que lerem este post, podem até nem escrever no blog, mas pelo menos pensem quais foram os últimos 5 livros que leram e há quanto tempo.


Fiquem Bem!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Desastre

Foi preciso mais de 20 anos de trabalho para cometer um erro realmente grave!

Recuperar um desastre que aconteceu há 3 semanas sem que tenha dado por isso, significa que os backup's já eram. O problema é que os dados não estão em mais parte nenhuma e ainda por cima nesta fase tenho de calcular juros vencidos etc.
Ontem e antes de ontem estive a tentar recuperar o ficheiro maior (e também o mais fácil, pois não tem juros) acabei por conseguir, hoje é que tem sido pior pois recalcular juros à data do aciente está a ser bastante complicado.

Estou a trabalhar neste momento, estou a correr um programa de recuperação dos dados que demora um tempinho por isso dá para ir escrevendo, estou piurso, como podem calcular, feriado em Lisboa um tempinho bom para dar um salto à praia e eu aqui sózinho a trabalhar.


Olha acabou...

Fiquem Bem!

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Força amigo Adriano



Caro amigo Adriano,
Não sei se lerás estas linhas, também não é essa a minha única intenção. Escrevo para ti, mas escrevo também para mim, como catarse. Escrevo para todos, pois a dor é Universal e sei que infelizmente muitos outros seres humanos sofrem como tu, menos que tu, pois mais é muito difícil.
Perder um filho semanas antes de nascer, talvez seja a mais dura prova que a natureza pode colocar a um ser humano, sei que vais precisar de muita coisa e sinto que tenho tão pouco para te dar - amizade, suporte, camaradagem, parecem pequenos seixos no fundo de um lago, mas também sei que muitos outros seixos colocados por todos os que contigo conviveram cobrirão todo o fundo desse lago dando-lhe outro esplendor.
A tua simpatia, amizade e camaradagem cedo cativaram o reconhecimento de todos nós que contigo ombreamos na tarefa de prevenir os incêndios florestais em Almada, essa amizade e camaradagem transbordou da nobre tarefa que fez cruzar os nossos caminhos, para vertentes mais lúdicas de passeios TT, depressa nos entrosamos e te vimos como um dos nossos, como um Camarada.

Hoje falei contigo dei-te os meus pêsames e mais profundos sentimentos, senti-me impotente e minúsculo perante tamanha dor, senti raiva, senti tristeza, senti que ninguém merece isso e tu ainda menos. Não imagino, apenas tenho uma pálida ideia. Não posso por isso dizer que sei o que estás a passar, pois mentiria. Disse apenas que podes contar comigo e com os meus, e podes.
De facto eu, a minha mulher e os Camaradas da Associação estarão sempre prontos a apoiar-te e à tua esposa neste particularmente difícil momento que atravessam, e podes ter a certeza que poderás sempre contar connosco.

Um grande abraço Camarada Adriano!

Fim das Férias

Hoje, ontem, a Associação de Comandos foi agraciada com a ordem do Infante. Amanhã, hoje, vou estar presente numa conferencia de imprensa, representando a delegação de Almada da AC, acerca da Operação Floresta Segura, Floresta Verde 2007!

Hoje queria escrever um texto maior, deixar aqui uma mensagem, uma foto, uma música; mas ao viajar pelos comentários que tinha no post anterior perdi-me no espaço e no tempo.

E o meu Max não pára de ladrar! Daqui a pouco os outros 4 juntam-se a fazer coro, não é que a vizinhança acorde pois está muito longe daqui mas chateia...

Fiquem Bem!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

PAREM AS ROTATIVAS

A NOTICIA surgiu hoje eram umas 9 e meia no telejornal da SIC, primeiro em rodapé e depois em video: OS POLICE VÃO VOLTAR A PORTUGAL!!! Setembro no Estádio Nacional. Para mim foi uma dupla surpresa pois não sabia que se tinham voltado a juntar. Gritei e pulei que nem um doido. A minha filha olhava para mim desconfiada, assim como quem diz: "não me digas que ele andou a beber muita água da piscina"!

27 aos depois de ter ficado à porta do estádio do Restelo (e fugido da policia de choque) eis a oportunidade da vingança. Vou começar a contar os dias que faltam para o concerto. As músicas "Roxanne", "Message in a Bottle", "De Do Do, De Da Da Da", "Every Little Thing She Does Is Magic", "Every Bread You Take"! Só para mencionar uma de cada album - "Outlandos d'Amour", "Regatta de Blanc", "Zennyatta Mondatta", "The Ghost On The Machine" e "Synchronicity". Fazem parte do meu imaginário, não sei se hoje seria a mesma pessoa se não tivesse vivido essas músicas!

Apenas outro grupo teve tanta influencia para mim como os Police - adivinharam foram os "Pink Floyd". De uma forma diferente, os Pink traziam a consciência do mundo, faziam pensar e são intemporais. O Police trouxeram a alegria de viver, o prazer, o gosto por desfrutar cada momento da juventude, dançar, cantar... Mais que os Pink, eles ficaram como uma marca da minha juventude, pois "Money", "Another Brick In The Wall", etc acompanharam-me no crescimento até adulto, pelo contrário, "Bring On The Night", "Don´t Stand So Close To Me", etc ficaram lá naqueles anos loucos. Uns e outros eram uma espécie de Yin e Yang da música: longe de serem antagonistas, completavam-se, um era a noite e o outro o dia.

Entre 1978 e 1984 os 3 louros eram O GRUPO, o delírio das criancinhas. Toda a gente os cantava e idolatrava; chamaram-lhes os novos Beatles. Foram o icone da minha geração, a sua popularidade só teve paralelo nos Pink Floyd, nos Queen, nos Beatles e, recentemente, nos U2. Sting, Copeland e Summers reinaram nos palcos, nas pistas de dança (naquele tempo passavam música nas discotecas), nas tabelas e nas rádios. Foram de facto a banda que marcou a passagem da década de 70 para a de 80. Sting o vocalista e principal criativo foi e é uma das figuras incontornáveis da música dos secúlos XX e XXI! Foram premiados com 6 Grammys e 2 Brit Awards, isto numa altura em que era quase heróico conquistar um destes prémios.

Estou "Walking on the Moon", ouço "Voices Inside My Head", vejo "Spirits In The Material World", quando eles se separaram disse "Can't Stand Loosing You" e fiquei com um "Hole In My Life" e pensei "When the World Is Running Down, You Make the Best of What's Still Around", mas agora esta noticia "Driven To Tears" todos aqueles que, como eu, viveram intensamente esses anos, especialmente aqueles que os atravessaram na adolescência, sinto-me um "Canary in a Coalmine". Bombs Away!