terça-feira, 6 de novembro de 2007

Felicidade

Parque dos Poetas 03/11/2007

Hoje, tendo de novo perdido o barco por poucos minutos, decidi sentar-me à beira-rio enquanto esperava pelo próximo. O sol aquecia-me a pele, contrastando com a brisa fresca, pensei em colocar os auscultadores para ouvir música, mas as ondas do rio imploraram-me que não o fizesse. Concordei e fiquei a ouvi-las, abri a minha revista do Budismo e comecei a ler, mas ao longe outras ondas solicitaram a minha atenção, mais uma vez anuí. Fiquei ali simplesmente olhando para a paisagem e ouvindo o doce cantar das ondas.

Entretanto chegou o barco, coloquei os auscultadores, a música dos Tangerine Dream nunca me tinha parecido tão bela. Venho no barco a ouvi-la e sinto nuances que nunca senti, sinto uma cristalinidade nunca percebida, apesar das condições não serem as ideais.

Sinto-me feliz, só por aqueles minutos. Esta felicidade faz-me lembrar a flor do Lótus, bela e imaculada no meio do lodo. A minha vida não tem sido nada fácil, mas senti-me e ainda me sinto feliz, não é aquela felicidade do riso alarve, da conquista desta ou daquela meta. É simplesmente felicidade. Porquê?

Por nada! Sinto-me feliz por nada!


Fiquem Bem!

3 comentários:

  1. Sentes-te feliz por alguma coisa; repara que para nós, amantes do mar, basta o bater das ondas ou, mesmo, o seu sussurrar aos nossos ouvidos, para nos restabelecer a felicidade que estava desvanecida.

    Bjt

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  2. Sentes-te feliz por tudo!
    Por seres tu e por teres a capacidade de saberes apreciar e sentires-te feliz com coisas tão simples e tão boas!

    continua a seres quem és!

    Beijos

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  3. Esse é dos sentimentos mais puros, que lava a alma, genuíno. Beijo

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