domingo, 12 de julho de 2009

Berlengas

1º mergulho nas Berlengas, posso dizer que foi fantástico e se tivesse de realçar um aspecto apenas diria a cor da água! De um azul profundo, magnético, escuro.

Depois foi a excelência da organização da Haliotis, demonstrando que o prémio do melhor centro PADI de 2008 não foi atribuído por acaso, uma saída, 2 mergulhos com um almoço (lanche) pelo meio, servido nas Berlengas (aproveito para chamar a atenção às casa de banho das ilhas que parecem saídas do jurássico, pequenas, com um aspecto muito pouco convidativo, de realçar que ao contrário do que qualquer um possa pensar foram feitas há apenas 6 anos, realmente incompreensível).
Voltando ao mergulho, muita fauna, visibilidade de mais de 20 metros, o AZUL, aquele AZUL é de morrer.

Começamos na gruta do rabo de asno, cuja entrada a 30 metros de profundidade, subindo ligeiramente até aos 26 metros. A gruta é algo comprida com uma saída para o outro lado, mas lá dentro reina o escuro, apenas se vendo o AZUL em ambas as extremidades.

Para além de uma Santola enorme, os sargos e as fanecas eram incontáveis. A temperatura da água rondava os 16º, o que até nem era mau para 30 metros de profundidade.

Do lado negativo de referir a perda da lanterna de flash que deve ter saltado do encaixe quando vesti o colete (a minha mania de vestir o colete dentro de água).

A este propósito introduzo já o 2º mergulho, a corrente era de tal forma forte à superfície que tive de optar por equipar-me a bordo. Depois foi avançar a pulso agarrado aos cabos do barco até ao cabo da ancora e descer firmemente agarrado a este. Felizmente que a partir dos 10-15 metros a corrente perdia completamente a força.

O local foi o Vapor do Trigo, um naufrágio de um navio a vapor grego em 1926 de nome Andreus e, como o nome indica transportava trigo. Diz-se que durante algum tempo após o naufrágio apareceu muito peixe morto pois ao ingerirem o trigo este inchava nos estômagos acabando por os matar.

Está a 26 metros de profundidade e o local onde mergulhamos (que é o mais interessante) foi junto às enormes caldeiras, onde para além destas tem ainda grutas formadas pelo cavername e que abrigam muita fauna de grande porte.

Infelizmente a bateria da câmara está mesmo nas lonas e só me permitiu tirar meia dúzia de fotos tanto no 1º como no 2º mergulho. O final do mergulho foi uma aventura pois tendo sido arrastados pela corrente para cerca de 1 milha do barco, foi com alguma apreenção que nos víamos a afastar cada vez mais, pelo meu lado sabia que podia contar com a experiência do meu buddy (que já estava a bordo) mas tudo se resolveu quando um barco de pescadores passou e nos deu boleia. Um verdadeiro drift-dive!!!
Mas a minha memória ficará para sempre marcada pelo AZUL, podem ver um pequeno exemplo do AZUL numa foto em que apenas corrigi os níveis de luz

Fiquem Bem no Lado Escuro da Lua!

6 comentários:

  1. De passagem rápida para um beijo de saudade.
    Passarei com mais tempo...Quando regressar de vez.
    Continuo a não conseguir mergulhar.

    Deves ter tido uma experiência fascinante e até deves conhecer uma amiga minha que é instrutora de mergulho e costuma levar grupos para as Berlengas :-D

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  2. AnaMar - Foi a minha 1ª saída nas Berlengas, a minha companheira de aventura no 2º mergulho chama-se Raquel era a Divemaster e Skipper da embarcação. Será a tua amiga?

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  3. Eu tenho uma grande vontade é de conhecer as Berlengas pelo lado de cima!

    Abraço!

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  4. Dantes, sonhava que havia de ir viver sozinha para as Berlengas... Que tótó!...
    Que é aquele forte, na fotografia do meio?

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  5. Rafeiro Perfumado - É bonito, agreste mas bonito.

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  6. Lélé - Sonhar por sonhar ao menos no Pacífico:-)

    Não sei ao certo, dia 1 vou lá voltar e nessa altura trarei uma resposta.

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Obrigado por mergulhar aqui