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O dia iniciou-se às 8:00 da manhã, preparar o material e seguir para Sesimbra, onde cheguei perto da 10:00. Saída de mergulho para o River, novamente uma visibilidade extraordinária, mas o mergulho não correu 100%, a mergulhadora da esquerda (com os braços abertos) teve bastante dificuldade em descer e verifiquei que estava quase em pânico. Combinei com o Hupert que ele seguiria à frente e eu atrás dela ao alcance das barbatanas de modo a prevenir qualquer acidente. Foi um mergulho algo preocupado e consequentemente com muito consumo de ar, o Hupert acabou por se perder e nem vimos o River, terminou com mais de 500 metros a nadar contra a corrente à superfície para chegar ao barco.
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A seguir foi um teste de mar ao primeiro barco para liveaboard de Portugal. Numa palavra FABULOSO, a Subnauta está de parabéns e faço votos que tenham sucesso. Voltarei a abordar este tema num próximo post, já com imagens do interior do barco.
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Em ambiente descontraído, com é norma na Nautilus, começou-se a prepara a saída por volta da 20:00, o calor era abrasador e os fatos apenas foram envergados à última da hora. Depois de preparar cuidadosamente todo o equipamento, pois no mar às escuras é complicado, saímos. A viagem foi curta e quando mergulhamos ainda havia luz do dia. Fizemos um pequeno briefing, em que ficou definido que quando me acabasse o ar a Lena viria comigo à superfície e depois voltaria para junto dos outros (isto de ser o maior beberrão de ar tem destas coisas). Mergulhamos direitos aos 13,2 metros, para avistarmos um pequeno polvo que por ali andava à caça.
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Enquanto tirava uns bonecos às medusas a câmara avisou-me que já não havia bateria. Outra vez o estupor da bateria a acabar antes do mergulho, apesar de ser o 2º mergulho do dia, no 1º não tinha tirado praticamente fotos nenhumas. Estive então a prestar assistência ao meu parceiro enquanto me divertia com um ou outro polvo, tive hipótese de observar um a alimentar-se a uma ameijoa bem grande, vi um safio pequeno e por esta altura o computador indicou-me que estava a ficar na reserva de ar.
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Tirei a cabeça da água para localizar a embarcação e... foi o choque, à minha frente as luzes de Sesimbra brilhavam reflectindo-se na água, tentei fotografar mas ficou tudo tremido, apesar do mar estar um espelho não é possível fixar a máquina para fotografar com aqula luz, mas conservei a foto mais para me recordar do momento absolutamente mágico.
Olhando à volta, encontrei o barco e para meu espanto já lá estavam todos a bordo, nós eramos os últimos a sair da água. Chegado a casa verifiquei que foi o consumo de ar mais baixo de sempre (17 L/min contra o melhor que tinha feito até hoje 19 L/min, com a média na casa dos 24). Absolutamente fantástico. Foi uma excelente despedida da Primavera!
Fiquem Bem no Lado Escuro da Lua!
Será que, quando mergulhas à noite, consomes menos ar?
ResponderEliminarDeve ser completamente atordoante pôr a cabeça fora de água e ver as iluminações de uma cidade ali à frente! Se isso tivesse acontecido com o Robinson Crusoe, haveria hoje menos um romance de fantasia? Ou, por ter acontecido contigo, poderemos contar com mais um?
Não estive a verificar os consumos no computador e nos outros mergulhos nocturnos também consumi muito ar.
ResponderEliminarApós alguma reflexão parece-me que tal se deveu à autoconfiança que adveio da forma como lidei com a situação do mergulho da manhã.
Estou a contar as horas que faltam para o próximo mergulho.
Que fantástico,
ResponderEliminareu sou uma apaixonada pelo mar, sempre vivi com ele a inundar a minha vida... adorava ter essa experiência!
«Viver é desenhar sem borracha!»
Bom fds
Maresia_mar - Só tens de dizer a data e disponibilizares-te a ir até Peniche (mais para Norte as águas são mais turvas e frias) nesse dia estarei lá com tudo preparado para proporcionar essa experiência.
ResponderEliminarÉs um gajo com sorte...
ResponderEliminarAbraço!
Não Lord, eu busco a sorte e luto por ela e como bem sabes a sorte protege os audazes.
ResponderEliminarÉ bem verdade, mas por isso mesmo, nem todos são afortunados... ;)
ResponderEliminarAbraço!