Estou a usar meios que ainda há 10 anos atrás eram considerados ficção científica, se recuarmos outros 10 seriam impensáveis mesmo. Estou a escrever num telemóvel, usando um teclado sem fios, mais ainda, tenho os Pink Floyd, Police, Depeche Mode, etc. a tocar no mesmo telemóvel.
Este telemóvel permite-me ver qualquer ficheiro de Word, Excel, PowerPoint e até mesmo PDF, tem 2 câmaras de vídeo digital, GPS, reproduz vídeo, tem uma agenda, jogos, calculadora, envia e recebe emails, mensagens de texto, de vídeo e de imagem, faz conversão de moeda e unidades de medida, edição de fotos e vídeo, serve de gravador de som, tem relógio com despertador e até faz chamadas, não só de voz como também de vídeo. Tudo isto num equipamento que é mais pequeno que a minha mão. Hoje até pode parecer trivial mas se olharmos para uns 15 anos atrás, nem nos filmes de ficção científica se via um dispositivo tão sofisticado.
Como prova do que estou a dizer basta ver que este post foi todo realizado usando exclusivamente o telemóvel. OK não posso colocar música, como ficou demonstrado no post anterior, tal como as limitações com o teclado já citadas também, mas vai dando para desenrascar.
Mas a tecnologia não é tudo, temos de olhar para ela apenas como uma ferramenta ao nosso serviço e não sermos escravizados por ela. Li hoje no Noticias do Mar um artigo sobre o troféu Júlio Verne, o recorde da volta ao mundo em barco, curiosamente ainda há pouco tempo esteve em Lisboa o Earthrace - o barco a motor que foi muito falado pois pretendia bater o "recorde da volta ao mundo" realizando-a em menos de 60 dias e usando biodiesel - estranhei o ruido feito em torno desse projecto pois o RECORDE está nas mas de um catamaran à vela - o Orange II - em 50 dias 16 horas e 20 minutos, e em termos ecológicos ninguém poderá discutir que um veleiro polui menos do que um barco a motor, por muito económico e limpo que seja.
Sobre o Earthrace já muitos devem ter ouvido falar, sobre o Groupama 3, aposto que muito poucos. O Groupama também se prepara para bater o recorde mas à vela.
Aqui temos uma ilustração do que quero dizer sobre tecnologia - de um lado está um barco em que esta vale 90 % do outro um veleiro em que apenas vale 30 %. A tecnologia usada no Groupama é enorme, mas o Homem é fundamental, apesar dos meios envolvidos para a concepção, construção e ajudas de navegação (GPS, meteorologia por satélite em tempo real, etc) é preciso muita experiência, conhecimento e mesmo intuição para poder tirar todo o partido de um veleiro, um barco a motor já não é assim, desculpem o exagero, mas até podemos ensinar um macaco a conduzi-lo.
Fiquem Bem!
A paixão pelo Mar e por tudo que lhe está inerente borbulha-te no sangue.
ResponderEliminarBons mergulhos e bom fim de semana
Bjt