domingo, 31 de maio de 2009

De novo no River

As condições eram bastante boas, temperatura do ar 27º, mar chão, pouco vento, céu limpo, visibilidade de quase 10 m, a temperatura da água é que destoava pois eram apenas 14º.

A viagem foi bastante rápida, pois os 225 CV do semi-rigido não deixaram os seus créditos por mãos alheias. Ainda houve tempo para uma visita às grutas da Ponta da Passagem.

Descemos pelo cabo até aos 23 metros, onde deparamos com a estrutura deste cargueiro nigeriano, acertos do equipamento, da câmara, uma vista de olhos em redor e lá partimos para a descoberta de mais uma zona do River.

Desta vez vi um dos motores, infelizmente a suspensão e um mau posicionamento do flash não permitiram boas fotos.

O mergulho foi prosseguindo com vistas espectaculares como só um naufrágio propicia, aqui e ali surgia exemplares de peixes de grandes dimensões para a espécie, como este Bodião listado no dorso o Sargo Veado (o maior que já vi) e os Salmonetes extraordinariamente grandes.

Apesar de ter levado 2 lanternas não pude usar nenhuma delas, uma estava avariada e a outra sem pilhas. Isto é
muito mau no River pois há sempre muitas cavidades a explorar, para além da luminosidade ser já algo reduzida aquela profundidade.
Assim não consegui ver um lavagante e 2 safios que se encontravam dentro da estrutura do barco.

O mergulho foi bastante "plano", sendo que a profundidade máxima que atingi foram os 24,8 metros, precisamente a meio do mergulho.

Em termos de fauna, para além do já citado, foi escassa aquilo que se viu, apenas a realçar uma enorme quantidade de abróteas ainda jovens.

Aos 22 minutos de mergulho o computador mandou-me regressar à superfície. O meu consumo de ar é elevado e começo a acreditar que não vai ser possível reduzi-lo, pois já à superfície sinto que necessito de muito ar normalmente.
A minha garrafa era a do costume de apenas 12 litros, vou ter de investir algum dinheiro num rebreather, a hipótese de comprar uma garrafa maior talvez não valha a pena. O futuro do mergulho está nos equipamentos em circuito fechado ou semi-fechado, pena é que o preço e a manutenção ainda sejam um tanto elevados. A única coisa que sinto que vou ter saudades é do som das bolhas de ar, que faz parte do meu imaginário.

no Wet Side

Fiquem Bem no Lado Escuro da Lua!

10 comentários:

  1. Como eu digo, "na água é que se está bem! Mais nada!"

    :)

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  2. Na falta de €€€ para o rebreather, investe numa 15 lts @ 232 bar, faz uma revisão completa ao regulador...vais ver a diferença.
    Guarda a tua 12 lts para mais tarde fazeres um conjunto de "bis".

    Abraços

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  3. Ricardo Cordeiro - Quando era novo sonhava em ir viver para debaixo de água, a experiência Pré-continent II encheu-me completamente as medidas.

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  4. Diário de Mergulho - O problema dessas soluções é o peso, apesar do médico me ter dito para esquecer que fui operado à coluna, há sempre um certo receio.

    Em relação ao regulador foi revisto recentemente e trata-se do Mk25/S600, não sei se posso fazer algo mais por este lado.

    Tenho de investir mais um pouco no Yoga, mergulhar mais, o Zé Tourais diz que ainda tenho margem para progredir em termos de respiração, mas que isso só se consegue com mais tempo debaixo de água.

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  5. Podes sempre fazer outras bolhinhas na banheira... ;)

    Abraço!

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  6. Qualquer dia atrevo-me...É uma das coisas que gostava de fazer, antes de me desvanescer...

    Bjs

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  7. Lindissimas imagens!!

    beijos

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  8. Rafeiro Perfumado - Mas essas têm pouco O2!!!

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  9. Ana Mar - Podes sempre contar com a minha ajuda.

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  10. Pearl - Não são nada comparadas com a beleza do fundo do oceano.

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Obrigado por mergulhar aqui