Adeus Tom

O Jerry (castanho), o Tom (amarelo) e o Black.

De quando em vez tropeçamos na morte e só nessas alturas pensamos mesmo nela. O fim-de-semana começou mal, com a notícia do falecimento do pai de uma Amiga, hoje foi a vez do meu cão Tom.

Era um porco! Fazia as necessidades por todo o lado, deixando-me desesperado, mas era o meu fiel catador de pinhas, garantido-me sempre uma boa provisão delas para acender a lareira ou a churrasqueira. O Tom estava abandonado e muito maltratado num canil, já separado do resto da ninhada, mal nutrido, encontrava-se enroscado num canto, resignado à espera da morte. A minha mulher achou por bem trazê-lo, apesar de eu lhe avisar que provavelmente não sobreviveria.

Esteve connosco 11 anos, poucas vezes esteve doente até que há umas semanas comecei a notar que ele estava a emagrecer demasiado. Fomos ao veterinário e o diagnóstico não podia se pior vários tumores nos gânglios, ainda por cima internos. O estado de fraqueza desaconselhava qualquer intervenção, ainda para mais as metastases deviam estar espalhadas por todo o corpo.

Ontem deixou de comer e o sofrimento do animal já era notório, hoje saí com ele, lancei-lhe umas pinhas que ele prontamente foi apanhar, mas já com alguma dificuldade, peguei-o ao colo e fui com ele ao veterinário, ficou no meu colo até adormecer e partiu...

Foi apanhar pinhas no Lado Escuro da Lua!