domingo, 25 de março de 2007

Casino Royale

The name is Bond, James Bond!

Tenho de confessar que sou um apaixonado pelo Universo Bond! A explicação começa com a minha primeira ida ao cinema: Estava a passar em Portimão numa sala de um Clube Recreativo, ao lado da Igreja (não me lembro o nome) o filme "007 - Ordem para matar" - "From Russia with Love" em reposição, aliás naquele cinema só passavam reposições. Nunca mais me esqueci daquele agente secreto, devorei todos os seus filmes, gravei-os em cassete e, finalmente, tenho-os em DVD. Cresci acompanhando cada lançamento, brinquei ao Bond milhares de vezes, ele foi o meu heroi da infancia.

A nivel mundial é a série cinamatografica mais celebre, quando foi feita uma sondagem a nível mundial sobre qual a frase mais célebre da história do cinema a resposta foi esmagadora: "The name is Bond, James Bond". Em termos de lucros apenas a saga Star Wars a ultrapassou, vamos lá a ver por quanto tempo, pois Bond anda pelas telas desde 1962, já lá vão 44 anitos e parece estar para ficar.

Já li alguns dos livros (tenho o Casino Royale e o Homem da Pistola Dourada), tenho a colecção que veio na pasta metálica (de resto uma das melhores prendas de Natal de que tenho memoria) esta pasta contém todos os Filmes do Bond excepto "Never Say Never", que não consigo encontrar em DVD mas tenho em Beta (O problema é que o Vídeo Beta está armazenado, sendo necessário instalá-lo para poder copiar o vídeo para um DVD), e o Casino Royale, que não tinha saído na altura.

Claro que não descansei encontro não comprei, uma prenda de aniversário a mim próprio. Depois de o ver 2 vezes (sim a 1ª é para devorar, a 2ª já é para apreciar os detalhes) aqui estou eu para tecer as minhas impressões:
  1. Depois de "From Russia with Love" este deve ser o Bond com menos artefactos, não há relógios detonadores, lasers, carros com bancos ejectaveis ou misseis, etc.
  2. É o filme que segue de uma forma mais fidedigna o livro, pelo menos dos que li e pelo que ouvi da critica.
  3. Talvez por isso o enredo seja um dos melhores que já vi, um ou outro apontamento criticável mas no compto geral uma das mais verosímeis historias em filme.
  4. Talvez a melhor fotografia que já vi num "Bond Movie".
  5. A personagem Bond desde filme nada tem a ver com os anteriores: menos cínica, menos emotiva, menos sofisticada, mais dura, mais vulnerável.
  6. Daniel Craig - Dizer que é o melhor Bond de sempre (como vem citado a Time Out New York) é algo exagerado, seguramente superior ao George Lazenby, ao Roger Moore e ao Timothy Dalton, mas em relação a Sean Connery e a Pierce Brosnan apenas posso dizer que é diferente. Não sou capaz de rotular qual é o melhor, a Daniel Craig falta mais um filme para poder aquilatar se está ao nível dos últimos ou se terei de colocá-lo num degrau abaixo. Neste caso era o personagem perfeito para o papel, Bond na sua 1ª missão, onde tinha ainda muito que aprender.
  7. No compto geral foi um dos melhores filmes de Bond de sempre, absolutamente recomendável.



Fiquem Bem!

quarta-feira, 21 de março de 2007

Kill Bill 1 & 2



Por vezes tenho pena de mim próprio e, durante todo esse tempo, um vento forte arrasta-me pelo céu.
Ditado Ojibwa
Convido a ouvirem a música que aqui coloquei, "Godnight Moon" dos ShivaRee Alias foi a audição desta musica e o prazer que me suscita que me levou a reescrever este post. A voz quente, aveludada e sensual de Ambrosia Parsley, a viola baixo e a percursão a marcarem o ritmo compassado e sensual, os apontamentos da viola sublinhando cada estrofe e o sintetizador o fim do verso. Aquele solo de viola, aliás a sua sonoridade tem qualquer coisa de Chris Isaac, os acordes do sintetizador a dar um recorte final no refrão - Magistral! Sem dúvida a mais sensual musica que já ouvi!

Esta música encerra o filme de Quentin Tarentino "Kill Bill 2", este(s) filme(s) foi(ram) para mim uma espécie de tábua de salvação numa altura particularmente difícil da minha vida! Por isso nunca serei isento a classificá-los, pois vejo-os não pelo que valem cinematograficamente mas sim de um ponto de vista muito subjectivo.

É claro que são do Quentim Tarentino, logo têm um certo selo de garantia, mas não me peçam para ser objectivo.

Naquela altura estava debaixo de uma enorme depressão, totalmente desesperado, revoltado, a transbordar de ódio, violento. Comprei um saco de boxe passava tardes a esmurrá-lo, fiz quilómetros a nadar, pratiquei Tai-Chi e vi e revi o Kill Bill dezenas de vezes.

Ultrapassei a crise e cá estou eu, posso agradecer à extrema violência desse filme, para a qual transferi a minha, grande parte do mérito desse feito. É irónico como um dos filmes mais violentos que já vi serviu para controlar a elevada violência que me consumia, foi uma espécie de combater o fogo com o fogo, acho eu. Ou então uma projecção dos meus desejos de vingança na personagem de Beatrix Kiddo, que vai atrás daqueles que quase a mataram e lhe tiraram a filha, matando-os um por um (e mais alguns que se atravessaram no caminho) até ao final apoteótico!

Não posso aconselhar a visualização desse filme a todos, mas para quem gostar do género de filmes com (muita) violência este é, para mim, o melhor.

1ª nota - Parte deste texto já tinha sido publicada no extinto "Dark Side of The Moon" mudei a foto e acrescentei mais umas linhas, retirando outras.

2ª nota - Ontem terminei este post um tanto abruptamente, pois tinha chegado a hora de entrar de serviço na Costa da Caparica, levando-me a ter de lhe dar uma voltinha hoje.

Fiquem Bem!

quinta-feira, 15 de março de 2007

Abandonados

A minha filha chamou-lhe Dudú, foi abandonado com mais 3 irmãos no dia de Carnaval junto à minha porta. Um deles ficou com um vizinho, outro foi recolhido por alguém que passou e eu fiquei com este e outro (baptizado como Max).

Estavam muito mal-tratados, cheios de carraças e fome, vim a descobrir que até sarna tinham. Neste momento estou a tratá-los, já pesam mais do dobro, mas o meu problema é que já tinha 3 cães e não sei o que fazer com estes 2. Ter 5 cães é uma despesa enorme em comida, vacinas e tratamentos (por falar nisso estes já me ficaram em mais de 100 € entre citologia, culturas de fungos, consultas e medicamentos).

É triste ver como o ser humano se porta. Sacode-se a água do capote para cima dos outros e temos o nosso problema resolvido, quem tiver escrúpulo que se aguente.

Nunca vi nenhum cão abandonar o dono, enquanto nós muito cultos e inteligentes nos comportamos de uma forma mais desumana que estes animais.

Quem será o maior animal: o cão ou o homem?

Fiquem Bem!

domingo, 4 de março de 2007

Uma verdade inconveniente


Vi o documentário "An Inconvenient Truth", em mim, posso dizer, que não produziu nenhum tomar de consciencia, nenhuma surpresa; consolidou e reforçou aquilo que há muitos anos tenho como um dado adquirido, estamos a matar o nosso planeta e a nós próprios e apenas pensamos nos lucros. No entanto trouxe-me algo de novo: A SITUAÇÃO É MAIS GRAVE DO QUE EU PENSAVA!

De facto, há já muitos anos atrás era alcunhado de lunático e radical (ainda não se usava o termo fundamentalista) por apoiar o Greenpeace, chegaram mesmo a chamar-me comunista envergonhado, pois todos aqueles que tinham preocupações ambientais eram logo marcados como comunistas, algo que nunca entendi, diga-se de passagem. Já passaram 15 anos desde a publicação daquela revista da foto, uma entre muitas que como apoiante do Greenpeace recebia em casa, a foto bem poderia ser de hoje, pois o problema continua o mesmo, embora a escala hoje já seja maior.
Recomendo vivamente o visionamento deste documentário pois se para alguns pode não causar nenhuma surpresa total para outros, talvez a maioria, é um verdadeiro murro no estomago! Já agora assinem a petição (de preferencia aqui no meu blog :-)

Fiquem Bem!